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04/10/2025

“Cuidar de si, do próximo e da casa comum”

"O cristão deve estar comprometido com os valores da vida, empenhando-se para que os mesmos sejam respeitados e protegidos na família e na comunidade"

“Cuidar de si, do próximo e da casa comum”

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! O mês de outubro é lembrado e celebrado na Igreja e na vida de fé do nosso querido povo de Deus como o “Mês Missionário e do Rosário”, da Festa de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, mas também o Dia da Criança. Temos muitos motivos para celebrar e render graças a Deus pelo passado e pelo presente, mas queremos também invocar a proteção divina para olharmos o futuro com esperança, tendo presente que estamos celebrando o “Jubileu da Esperança”.

Na primeira semana de outubro, mais precisamente entre os dias 1º e 8, celebramos a Semana Nacional da Vida, e a Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB propôs como tema para as celebrações: “Cuidar de si, do próximo e da casa comum”, e o lema: “Lançai sobre ele toda a vossa preocupação, pois ele cuida de vós (1Pd 5,7)”.

Devemos continuamente educar as novas gerações no respeito à vida. Tendo presente que vida é um dom precioso e breve, concedido por Deus, que muitas vezes o homem não sabe valorizar. Ela precisa ser acolhida, cuidada e valorizada, como um tesouro que temos no presente, mas que, à luz da fé em Cristo Jesus, podemos sonhar e esperar vivê-la de forma gloriosa na eternidade. Por isso, é importante trabalharmos juntos num compromisso que envolve as famílias, as instituições religiosas, o poder público e a sociedade em geral, para criarmos uma consciência coletiva, que cuide e valorize a vida em toda a sua realidade, mas também a “casa comum”, como obra do Criador para suas criaturas.

Não podemos ceder ao pragmatismo de defender que a vida só merece ser protegida quando a pessoa pode contribuir economicamente com a sociedade. Essa cultura do descarte não é de Deus, o autor da vida. Tantos males ela já fez à sociedade, no passado e no presente. O cristão deve estar comprometido com os valores da vida, empenhando-se para que os mesmos sejam respeitados e protegidos na família e na comunidade. Quando abandonamos a defesa da vida, pactuamos de forma silenciosa com a cultura da morte, que ceifa de forma violenta, perversa e maligna a vida das nossas crianças, dos nossos jovens, dos adultos e idosos indefesos, e fere no coração a vida das nossas famílias. “Cuidar de si, do próximo e da casa comum” não pode ser uma opção isolada; deve ser uma ação que envolva a sociedade, porque todos nós vivemos nesta realidade humana, onde não estamos sozinhos e temos o nosso planeta como casa comum.

 

+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

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