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08/05/2025

Dom José Gislon concede coletiva de imprensa após a eleição do Papa Leão XIV

Na sequência, Dom José respondeu perguntas dos jornalistas acerca dos desafios que Prevost deve encontrar e da missão do Papa Leão XIV à frente da Igreja Católica. "Eu creio no sopro do Espírito Santo no tempo, na história".

Na tarde desta quinta-feira, 08 de maio, horas após a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como Papa de número 267 na História da Igreja e o 266º na sucessão do Apóstolo Pedro, adotando o nome de Leão XIV, o bispo diocesano de Caxias do Sul, Dom José Gislon, concedeu coletiva de imprensa sobre a eleição do novo Pontífice. O encontro com os profissionais de comunicação aconteceu no Bispado.

No início de sua fala, Dom José fez memória do Papa Francisco, falecido em 21 de abril. Lembrou que "há poucos dias, nós nos despedimos do Papa Francisco, que teve um pontificado de 12 anos, sendo um Papa latino-americano, e um pontificado, de certa forma, breve, mas muito marcante na vida da Igreja, que seguramente vai passar para a História como um dos pontificados mais marcantes da nossa caminhada, principalmente no último século, ou em toda a caminhada da História da Igreja moderna".

Na sequência, o bispo de Caxias do Sul salientou a eleição de outro Pontífice de fora do continente europeu. "Um Papa do continente americano novamente, que nos traz presente uma certa continuidade ao governo do Papa Francisco". Dom José recordou um pouco da biografia do agora Papa Leão XIV. "Ele é um religioso também, agostiniano, que, sendo dos Estados Unidos, fez uma longa experiência missionária na realidade latino-americana, mas da América do Sul, no Peru, trabalhando muito na realidade da Amazônia, naquelas regiões difíceis da Amazônia. Tanto é que foi esse homem que foi nomeado, escolhido pelo Papa Francisco para governar uma diocese no Peru, numa realidade bastante difícil".

Na coletiva, Dom José falou das experiências que tocam a vida do cardeal Prevost. "Esse homem, de certa forma, muito simples, que traz na sua bagagem agora toda essa experiência daquela proposta do Papa Francisco de uma Igreja em saída, uma Igreja missionária, uma Igreja que tenha também um olhar para com os mais excluídos. Ele traz também toda a sua experiência missionária, de um religioso agostiniano, um servidor da Igreja".

Dom José comentou a impressão que teve do nome escolhido pelo novo Pontífice. "A escolha do nome de Leão XIV também é muito sugestiva. Por que? O Papa Leão XIII governou a Igreja por 25 anos, de 1878 a 1903. E era um momento de muitas mudanças na sociedade europeia, de muita convulsão social também, lembrando que a Revolução Industrial tinha produzido uma massa de deslocados do interior para as cidades, as periferias,  e dentro desse princípio, quando ele assume o pontificado, para nós que estamos aqui no Rio Grande do Sul, foi o momento em que tinha o grande êxodo da imigração italiana. No pontificado dele foi publicada a primeira encíclica social da Igreja, a Rerum Novarum, que aborda a missão da Igreja também nessa realidade do menos favorecido, e acima de tudo, de aproximar a classe daqueles que tinham, daqueles que não tinham nada, dos desprovidos, em busca de uma paz social, de dignidade de vida também dos trabalhadores".

O bispo entende que Leão XIV é um sinal de comunhão. "É muito sugestivo também esse nome como continuidade. Isso também é um significado muito importante. Quer dizer, a Igreja tem que viver o espírito de comunhão".

 Ao ser perguntado sobre a ação do Espírito Santo, Dom José salientou: "Eu creio no sopro do Espírito Santo no tempo, na história. Eu acho que aqui é a beleza. A Igreja também consegue fazer, como a Fênix, renascer também nas cinzas e nascer de forma mais forte, mesmo em meio, muitas vezes, às feridas do tempo e da história. Então, esse sopro do Espírito Santo, que faz nova todas as coisas no tempo e na história, o que reavivou também no coração dos discípulos, tirando o medo do coração para que eles pudessem colocar a caminho e anunciar a boa nova do Evangelho que tinha ouvido na convivência com o próprio Jesus".
 
Na sequência, Dom José respondeu perguntas dos jornalistas acerca dos desafios que Prevost deve encontrar e da missão do Papa Leão XIV à frente da Igreja Católica. "Temos essa realidade que o Papa justamente mencionou, que possamos continuar construindo pontes e não erguendo muros. Eu acho que a humanidade precisa de mais pontes e menos de muros para ser também mais fraterna e viver com o princípio da comunhão, da acolhida, da tolerância, que favorece a vida de todos".
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