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15/11/2025

IX Dia Mundial dos Pobres: “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (Sl 71,5)

"Como pessoas de fé, não devemos fechar os olhos diante da realidade do pobre e dos empobrecidos, achando que isso vai aliviar a nossa consciência ou vamos nos sentir mais seguros, vivendo na indiferença diante da falta de dignidade do outro"

IX Dia Mundial dos Pobres: “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (Sl 71,5)

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Neste terceiro domingo do mês de novembro, a Igreja Católica, no mundo todo, está celebrando o IX Dia Mundial dos Pobres. Como povo de Deus a caminho e “peregrinos de esperança”, estamos celebrando o Ano Santo, o “Jubileu da Esperança”, e a esperança de um mundo mais fraterno e solidário, segundo a proposta do Evangelho, deve motivar a nossa peregrinação e o nosso agir como povo de Deus a caminho.

O texto bíblico que orienta a reflexão da mensagem do Papa Leão XIV para o IX Dia Mundial dos Pobres é: “Tu és a minha esperança, ó Senhor Deus” (Sl 71,5). Podemos ter a tentação de não nos sentirmos incluídos nessa celebração de apelo profético. Como cristãos, devemos olhar o pobre e os empobrecidos, pelas guerras e pelas injustiças sociais, com o olhar do amor de Deus, tendo presente o direito à dignidade da vida de toda pessoa. Como pessoas de fé, não devemos fechar os olhos diante da realidade do pobre e dos empobrecidos, achando que isso vai aliviar a nossa consciência ou vamos nos sentir mais seguros, vivendo na indiferença diante da falta de dignidade do outro.

Na sua mensagem para este dia, o Papa Leão XIV recorda que “no meio das provações da vida, a esperança é animada pela firme e encorajadora certeza do amor de Deus, derramado nos corações pelo Espírito Santo. Por isso, ela não decepciona (cf. Rm 5, 5) e São Paulo pode escrever a Timóteo: «Pois se nós trabalhamos e lutamos, é porque pomos a nossa esperança no Deus vivo» (1 Tm 4, 10). O Deus vivo é, verdadeiramente, o «Deus da esperança» (Rm 15, 13), que em Cristo, pela sua morte e ressurreição, se tornou a «nossa esperança» (1 Tm 1, 1). Não podemos esquecer que fomos salvos nesta esperança, na qual precisamos permanecer enraizados”.

Como povo de Deus a caminho e “peregrinos de esperança”, precisamos ter abertura de coração para reconhecer “que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a esperança que permanece. A esperança cristã, à qual a Palavra de Deus remete, é certeza no caminho da vida, porque não depende da força humana, mas da promessa de Deus, que é sempre fiel. Por isso, desde os primórdios, os cristãos quiseram identificar a esperança com o símbolo da âncora, que oferece estabilidade e segurança. A esperança cristã é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós. Essa esperança continua a indicar como verdadeiro horizonte da vida os «novos céus» e a «nova terra» (2 Pe 3, 13), onde a existência de todas as criaturas encontrará o seu sentido autêntico, visto que a nossa verdadeira pátria está nos céus (cf. Fl 3, 20). (Mensagem Papa Leão XIV)

“O Dia Mundial dos Pobres pretende recordar a responsabilidade e o compromisso que cada um de nós é chamado a assumir em relação ao cuidado da dignidade da vida do outro, mas também um chamado as nossas comunidades, lembrando que “os pobres estão no centro de toda a ação pastoral. Não só na sua dimensão caritativa, mas igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia. Através das suas vozes, das suas histórias, dos seus rostos, Deus assumiu a sua pobreza para nos tornar ricos. Todas as formas de pobreza, sem excluir nenhuma, são um apelo a viver concretamente o Evangelho e a oferecer sinais eficazes de esperança”. (Mensagem Papa Leão XIV)

 

+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

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