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02/08/2025

Vocação, doação e serviço na missão

"Como Igreja, povo de Deus a caminho, que está celebrando o 'Jubileu da Esperança', queremos juntos elevar a Deus a nossa oração pela vocação ao presbiterato, ao diaconato, à vida consagrada, mas também para o matrimônio"

Vocação, doação e serviço na missão

Estimados irmãos e irmãs em Cristo Jesus! No mês de agosto, lembrado na Igreja como o mês vocacional, temos presente a vocação presbiteral, diaconal, para a vida consagrada, a família e os ministérios dos fiéis leigos e leigas, que vivendo o sacerdócio comum dos batizados se colocam a serviço do Evangelho na Igreja, dando testemunho da sua fé no cotidiano da vida. Mas a Igreja também convida seus filhos e filhas a rezarem pelas vocações, lembrando das palavras que Jesus disse aos seus discípulos. “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, peçam ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mt 9,37-38).

Podemos e devemos sempre falar e motivar os nossos jovens para que saibam ouvir e discernir o chamado do “vem e segue-me”, que o Senhor faz hoje, como fez no início do seu ministério. Mas a resposta a uma vocação, ao seguimento de Cristo, é e será sempre pessoal. Nós facilmente associamos vocação como um chamado à vida consagrada, ao ministério sacerdotal, diaconal ou aos ministérios que estão a serviço da comunidade de fé. Mas se esquecermos da dimensão da entrega pela causa do Reino, na qual Cristo é o modelo de amor e fidelidade ao Pai a ser seguido, poderemos viver uma escolha e uma consagração, ou mesmo a vida de cristão, marcada por muitas motivações puramente humanas, em que a doação, a entrega da vida pelo amor a Cristo, o serviço aos irmãos e irmãs na Igreja, comunidade de fé, pode ser vivida mais como um peso que nos oprime do que uma graça que nos torna livres para amar como Jesus amou.

Quando falamos do ministério sacerdotal, temos presente o sacerdote como o “ícone de Jesus Cristo”. “Em Jesus Cristo, o humano e o divino estão unidos de modo único, porque nele Deus e o homem entraram de uma vez para sempre num diálogo salvífico. O sacerdote está a serviço deste diálogo entre o céu e a terra. O seu dever e tarefa, não delegáveis, são juntar o terreno e o celeste, apesar de todas as dificuldades internas ou externas que os acompanham... O centro unificador de todo o ministério sacerdotal consiste em testemunhar que Jesus Cristo está presente na Igreja, para dar e realizar a salvação. O elemento específico do serviço sacerdotal consiste no fato de, com a palavra e com a ação, tornar hoje presente o dom que Cristo faz de si ao Pai, para a salvação do mundo” (Augustin, George. Colaboradores da vossa alegria: o ministério sacerdotal hoje).

Como sacerdotes, precisamos sempre ter presente que é através da oração que fortalecemos a nossa comunhão com o Senhor e revigoramos as nossas forças, para a missão junto ao povo de Deus. Lembrando que é a força de Deus que age em nós: “Não que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos; é do Senhor que provém a nossa capacidade. É Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá vida” (2Cor 3,5-6).

Como Igreja, povo de Deus a caminho, que está celebrando o “Jubileu da Esperança”, queremos juntos elevar a Deus a nossa oração pela vocação ao presbiterato, ao diaconato, à vida consagrada, mas também para o matrimônio, sem deixar de lembrar e rezar pelos nossos sacerdotes e diáconos, para que vivendo com amor, zelo e dedicação a própria vocação, revelem o rosto, a compaixão e a ternura do Cristo sacerdote e bom pastor.

 

+ Dom José Gislon, OFMCap.
Bispo Diocesano de Caxias do Sul

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